José Luis Tinoco
No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida,
Um corpo que respira, um céu aberto,
Janela debruçada para a vida
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo,
O passo da coragem em casa escura
E aberta, uma varanda para o mundo
Existe a noite,
O riso e a voz refeita à luz do dia,
A festa da Senhora da Agonia
E o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria
Existe um rio,
A sina de quem nasce fraco ou forte,
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste,
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha,
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha
No teu poema
Existe um cantochão alentejano,
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra
E um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte,
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste,
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do muro,
Existe tudo o mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera de futuro
sábado, 23 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
"Longa caminhada"
Adoro este fado de Ana Madalena & Nel Garcia, tenho pena de não encontrar um link ...
Cheguei ao meio da vida
Desta longa caminhada;
Estou cansada, não vencida
Se respiro, tenho vida
Não posso ficar calada
Trago um recado, um poema
Para se ouvir entre nós
Do fundo do coração
É dado por minha mão
Cantado por minha voz
Peço mais amor e paz
Para bem da humanidade
Mais carinho, mais calor
Mais ternura, mais amor
Mais luta pela verdade
Cheguei ao meio da vida
Desta longa caminhada
Estou cansada, não vencida
Se respiro, tenho vida
Não quero ficar calada
Cheguei ao meio da vida
Desta longa caminhada;
Estou cansada, não vencida
Se respiro, tenho vida
Não posso ficar calada
Trago um recado, um poema
Para se ouvir entre nós
Do fundo do coração
É dado por minha mão
Cantado por minha voz
Peço mais amor e paz
Para bem da humanidade
Mais carinho, mais calor
Mais ternura, mais amor
Mais luta pela verdade
Cheguei ao meio da vida
Desta longa caminhada
Estou cansada, não vencida
Se respiro, tenho vida
Não quero ficar calada
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