O poema original, que me foi enviado por Torre da Guia, passo a transcrever :
"Diz-se que os gostos são relativos, assim como se diz também que há egos humanos a auto considerar-se entes superiores. Sobre este complexo sujeito escrevi esta singela quadra em redondilha-maior:
Uma pedra, uma flor,
o mais pequeno ser vivo,
um pedacinho de amor,...
tudo-tudo é relativo.
Vem este enunciado a propósito do versejo de minha autoria que a Susana teve a amabilidade de transcrever (agradeço) e que o Carlos do Carmo lançou em Fado com música de Paulo de Carvalho.
Então, embora concordasse por escrito com as várias modificações introduzidas, eu escrevi assim o «Alfabeto Fadista»:
A de amor, B de beleza,
e C curvo de criança,
D de Deus ou de defesa
que com E escreve esperança.
O F vai para o fado,
o G vai para a guitarra,
H pra homem honrado
Que ao I de ilusão se agarra.
As letras são vinte e três
Palavras são vinte e tal
Alfabeto português
Dum fadista em Portugal
No J fica a janela,
no L fica Lisboa,
M de mulher, é ela,
N a meio da canoa.
O de olhar que me fascina,
P de porta sempre aberta,
Q de quadra, R de rima,
Com saudade o S acerta
T de terra, U de universo,
Onde uma, noutro desanda,
V de viola ou de verso,
X de xaile, Z de zanga.
As letras são vinte e três,
palavras são vinte e tal,
alfabeto português,
dum fadiista em Portugal.
Enfim, eu considero que o Carlos, com o seu gosto e boa intenção, acabou por estragar um pouco a essência do meu versejo.
No caso, numa e noutra versão, a Susana qual delas aprecia mais?
Cumprimentos desde o Porto - TdG"
Está dito e escrito ! Obrigada meu querido Torre da Guia