Letra: Domingos Gonçalves
Música: Casimiro Ramos
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Reneguei tuas promessas
E juras de amor ardente
Até com certo rancor
Disse-te assim, não sou dessas
Que se embalam cegamente
Em juramentos de amor
Meu Deus, como a boca mente
Pois se te amo loucamente
Eu digo seja a quem fôr
Sou tua...
Como o luar é da lua
Como as pedras são da rua,
E p'ra ser tua nasci
Sou tua...
Tão tua que me convenço
Que já nem a mim pertenço,
Que sou um pouco de ti
Sou tua...
Deixa-me gritar ao vento
P'ra que o vento num lamento,
Diga ao mar, á terra, ao céu
Sou tua...
E deixa que os olhos meus
Só vejam p'ra ver os teus,
Embora não sejas meu
Ás vezes sinto desejo
De ofender-te, embora iluda
Meu coração a sofrer
Mas fico, quando te vejo
Tão pequenina, tão muda
Com tanto p'ra te dizer
É então que a minha boca
Porta voz desta alma louca
Murmura quase sem querer