Talvez que eu morra na praia
Cercada em pérfido banho
Por toda a espuma da praia
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho
Talvez que eu morra entre grades
No meio duma prisão
E que o mundo além das grades
Venha a esquecer as saudades
Que roem meu coração
Talvez que eu morra dum tiro
Castigo de algum desejo
E que, à mercê desse tiro
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo
Talvez que eu morra num leito
Onde a morte é natural
As mãos em cruz sobre o peito
Das mãos de Deus tudo aceito
Mas que eu morra em Portugal
http://youtu.be/4ioSbXbiKlI